Mídia militante “antecipa” narrativa para prisão de Eduardo Bolsonaro

Caio Tomahawk


Nos últimos anos, o Brasil tem vivido uma escalada preocupante no que muitos chamam de "ditadura da toga", com medidas que desafiam os princípios democráticos e colocam opositores políticos na mira do sistema. Agora, um novo episódio levanta ainda mais suspeitas sobre o alinhamento entre parte da mídia tradicional e setores do Judiciário.


Recentemente, o site UOL, conhecido por seu viés progressista, publicou um conteúdo que, para muitos, soa como um verdadeiro sinal verde para que Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, seja alvo de uma prisão preventiva. Esse movimento levanta questionamentos sobre o papel da imprensa na construção de narrativas que favorecem medidas autoritárias contra adversários políticos.


A perseguição contra Eduardo Bolsonaro


Eduardo Bolsonaro tem sido uma das vozes mais ativas na denúncia de abusos cometidos por autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Suas críticas têm ganhado repercussão internacional, algo que, ao que tudo indica, incomodou profundamente aqueles que se veem como intocáveis dentro do sistema.


Diante desse cenário, não seria surpresa que a militância da imprensa tentasse pavimentar o caminho para mais uma ação contra um membro da oposição. A estratégia já é conhecida: primeiro, cria-se uma narrativa nas redações; em seguida, essa narrativa é amplamente disseminada pelos veículos aliados; por fim, a justificativa para a repressão se torna "aceitável" diante da opinião pública.


“Lesa-pátria” ou denúncia legítima?


O argumento utilizado para uma eventual ação contra Eduardo Bolsonaro se baseia na acusação de que ele teria prejudicado a imagem do Brasil ao expor os abusos do STF em tribunais internacionais e organismos estrangeiros. No entanto, essa justificativa não se sustenta sob um olhar jurídico sério.


O renomado jurista André Marsíglia foi categórico ao rebater essa narrativa:


"É completamente descabida essa denúncia. Se denunciar abusos do STF ao exterior é lesar a pátria, temos de admitir que a pátria é o STF. Essa denúncia não mostra respeito ao país, mas lamentável subserviência à Corte e a seus ministros."


Essa declaração desmonta a argumentação da militância midiática, que busca enquadrar Eduardo Bolsonaro como um inimigo do Brasil, quando, na verdade, ele está apenas exercendo seu direito de questionar e denunciar práticas que considera autoritárias.


A imprensa como braço do autoritarismo


Nos últimos anos, a grande mídia tem sido uma peça-chave na perseguição a opositores políticos, funcionando como um braço do sistema que atua para neutralizar qualquer resistência. O caso de Eduardo Bolsonaro segue essa mesma lógica: primeiro, planta-se a ideia de que ele está atentando contra a pátria; depois, a narrativa ganha força em jornais e emissoras de TV; por fim, o Judiciário tem o respaldo “moral” para agir.


Esse modus operandi já foi visto em outras ocasiões. A censura contra jornalistas independentes, a perseguição a políticos conservadores e a criminalização de opiniões são exemplos claros de como a liberdade de expressão tem sido sistematicamente atacada no Brasil.


O perigo de um Estado policial


Caso essa tentativa de calar Eduardo Bolsonaro se concretize, estaremos diante de mais um avanço preocupante rumo ao que especialistas chamam de Estado policial – um regime em que instituições são usadas para intimidar e punir adversários políticos.


A grande questão que fica é: quem será o próximo? Se um deputado federal, com mandato e imunidade parlamentar, pode ser alvo de uma prisão por simplesmente expressar sua opinião e denunciar abusos, qualquer cidadão pode ser o próximo na lista.


A cada dia que passa, fica mais evidente que a liberdade de expressão no Brasil está sob ataque. A tentativa de criar um ambiente em que qualquer crítica ao STF seja considerada crime reforça a necessidade de um amplo debate sobre os limites do poder das instituições.

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