A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, foi designada para representar o Brasil na 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que ocorrerá entre os dias 9 e 14 de fevereiro, em Roma, na Itália. O decreto oficializando sua participação foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 7 de fevereiro. A presença de Janja no evento faz parte dos esforços do governo brasileiro para fortalecer sua atuação na Aliança Global de Combate à Fome, uma iniciativa internacional que busca enfrentar a insegurança alimentar no mundo.
A viagem foi organizada com a participação do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que também integrará a comitiva brasileira. O objetivo do encontro é debater estratégias globais para o combate à fome e a definição do próximo presidente da Aliança Global de Combate à Fome, órgão responsável por coordenar esforços de diversos países na luta contra a insegurança alimentar.
A escolha de Janja para a missão internacional reforça seu papel cada vez mais ativo na agenda social do governo federal. Desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama tem se envolvido diretamente em iniciativas voltadas à segurança alimentar, igualdade de gênero e cultura. Sua participação em fóruns internacionais tem sido uma estratégia do governo para ampliar o protagonismo do Brasil em questões sociais e humanitárias.
Além do compromisso em Roma, Janja se prepara para um giro pelo Brasil, onde pretende acompanhar de perto a execução de políticas públicas voltadas à assistência social e segurança alimentar. A ideia, segundo fontes do governo, é que a primeira-dama esteja presente em regiões onde programas federais de combate à fome e à pobreza estejam sendo implementados. O projeto de visitas surgiu de conversas entre Janja e o presidente Lula e será realizado com a participação de ministros das áreas envolvidas.
A iniciativa de Janja de viajar pelo país gerou diferentes reações. Enquanto aliados do governo destacam que a presença da primeira-dama pode fortalecer a adesão de comunidades locais aos programas sociais, opositores criticam o uso de recursos públicos para custear as viagens. Nos últimos meses, Janja tem sido alvo de questionamentos sobre a transparência de sua agenda oficial e os custos de suas atividades. Em resposta às pressões, a primeira-dama divulgou sua agenda oficial e se comprometeu a manter a prestação de contas sobre suas ações.
A agenda internacional da primeira-dama também levanta discussões sobre a influência que ela tem exercido no governo. Diferente de primeiras-damas anteriores, que tinham papéis mais discretos, Janja tem assumido uma postura ativa, participando de reuniões, anunciando iniciativas e viajando em missões oficiais. Esse perfil tem sido elogiado por apoiadores do governo, que veem nela uma figura importante para a promoção de políticas sociais. No entanto, críticos argumentam que sua atuação ultrapassa os limites tradicionais do cargo e pode representar um uso indevido da estrutura do governo.
A participação do Brasil na 48ª Sessão do Conselho de Governança do FIDA acontece em um momento de desafios para o país no combate à fome. Dados recentes apontam que a insegurança alimentar ainda afeta milhões de brasileiros, e o governo tem sido cobrado a apresentar medidas eficazes para reduzir esse número. A presença de Janja no evento sinaliza um esforço do Brasil em reforçar sua imagem como um país comprometido com a erradicação da fome, tanto em nível nacional quanto internacional.
Ao longo do evento em Roma, a primeira-dama deve se reunir com líderes internacionais, representantes de organizações não governamentais e especialistas na área de segurança alimentar. A expectativa é que o Brasil apresente propostas de cooperação e troque experiências sobre programas de combate à fome que possam ser replicados em outros países.
A atuação de Janja na área social tem sido um dos principais focos do governo Lula, e sua participação no evento da FIDA deve reforçar ainda mais esse papel. Com uma agenda movimentada tanto no Brasil quanto no exterior, a primeira-dama se consolida como uma figura influente na atual administração, despertando tanto elogios quanto críticas.
