Um dos maiores absurdos do Governo Lula contra policiais dá "poder" ao crime organizado

Gustavo Mendex


 O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou a recente decisão do governo Lula de distribuir 20 mil pistolas elétricas para policiais, com o objetivo de reduzir a letalidade nas ações das forças de segurança. Em uma declaração repleta de questionamentos sobre a eficácia da medida, Seif chamou atenção para o custo elevado do projeto, que está estimado em R$ 120 milhões, conforme anunciado pelo Ministério da Justiça. O senador se mostrou cético quanto à capacidade da iniciativa em combater a criminalidade, especialmente diante da crescente violência associada ao crime organizado, que, segundo ele, está armado com equipamentos de guerra e armas de calibres potentes, que muitas vezes ultrapassam os recursos disponíveis para a polícia.


“Enquanto o crime organizado possui armas de guerra, calibres poderosos, armas automáticas que são proibidas no nosso território, os nossos policiais estão praticamente com atiradeira, enfrentando recursos limitados, excesso de burocracias e uma pressão desumana. Esse é um tema que precisa de discussões muito mais profundas”, afirmou Seif, referindo-se à disparidade entre a armamentação do crime e o equipamento das forças policiais.


O parlamentar, que representa Santa Catarina, foi além de questionar a distribuição de armas não letais e passou a criticar o governo por, segundo ele, adotar uma postura que favorece os criminosos em detrimento dos policiais e da população. Seif sugeriu que a aquisição de pistolas elétricas, como parte do esforço do governo para controlar a violência, reflete uma postura "defensora de criminosos", ao invés de valorizar o trabalho das polícias. O senador também defendeu o armamento da população como forma de proteger os cidadãos e citou como exemplo o estado de Santa Catarina, onde, segundo ele, o elevado número de armas entre os cidadãos resulta no menor índice de violência do país.


“Aqui em Santa Catarina, onde a população está mais armada, temos os melhores índices de segurança no Brasil. Isso mostra que a capacidade de autodefesa da população deve ser incentivada, não restringida. O armamento não é o problema, mas sim a forma como é utilizado e a criminalidade que se infiltra na sociedade”, argumentou Seif. A visão do senador sobre o armamento da população contrasta com a postura do governo federal, que tem se concentrado em políticas públicas de desarmamento e controle rigoroso das armas de fogo.


Além de criticar a iniciativa do governo de distribuir pistolas elétricas, Seif também fez duras críticas à recente mudança na política tributária do país. Ele se referiu a um aumento de impostos sobre armas e munições que foi incluído, segundo ele, de forma repentina e sem aviso prévio, no projeto de reforma tributária (PLP 68/2024). O aumento de impostos sobre esses produtos, segundo o senador, prejudica não só os civis que buscam se armar, mas também esportistas e colecionadores, que dependem desses itens para suas atividades.


“O aumento de impostos sobre armas e munições é um ataque àqueles que praticam esportes de tiro ou que colecionam armas de forma legal. Esse imposto é uma tributação adicional, como se armas e munições fossem itens que causam mal ao meio ambiente ou à saúde. Um desportista, hoje, deve estar causando algum tipo de dano à saúde ou ao meio ambiente? Eu não sei, talvez ao alvo de papel. De qualquer forma, quero deixar aqui meu protesto contra essa medida, que chamo de o imposto da maldade”, disse Seif, demonstrando seu descontentamento com a proposta de aumento de impostos.


O senador também abordou o uso de tecnologias para aprimorar o sistema de segurança pública, defendendo a implementação de câmeras corporais nos policiais durante suas abordagens. Essa medida, segundo ele, poderia ajudar a reduzir abusos por parte dos policiais e aumentar a transparência nas ações de segurança pública. No entanto, Seif fez uma sugestão inusitada: a instalação das câmeras também em políticos e membros do Judiciário, como uma forma de ampliar a transparência e combater casos de corrupção.


“A instalação de câmeras nas fardas dos policiais é uma medida positiva e deve ser adotada. Mas, por que parar por aí? Que tal instalar câmeras também em políticos e no Judiciário? Isso ajudaria a combater a corrupção e traria mais transparência para a nossa política e a justiça. Se estamos falando de mais controle e transparência, todos deveriam estar sujeitos a essa medida”, sugeriu o senador, ampliando o debate sobre a necessidade de fiscalização e transparência em todos os setores do governo.


A declaração de Seif gerou repercussão tanto entre os apoiadores da segurança armada quanto entre aqueles que defendem políticas de desarmamento e maior controle sobre as armas no Brasil. A proposta de armamento da população e o aumento dos impostos sobre armas e munições são temas que continuam a dividir a opinião pública e a política nacional, com parlamentares como Seif adotando uma postura mais conservadora e defendendo a segurança pela via do armamento tanto de policiais quanto de cidadãos.

Tags

#buttons=(Accept !) #days=(20)

Our website uses cookies to enhance your experience. Check Now
Accept !