Deltan expõe contradição de Zanin se tiver a coragem de condenar Bolsonaro (veja o vídeo)

Gustavo Mendex


 O impacto da nova denúncia


O ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, lançou um vídeo impactante trazendo à tona um grave problema envolvendo Cristiano Zanin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Deltan revelou como a Folha de S. Paulo escancarou um gigantesco problema no julgamento de Jair Bolsonaro e apontou o que considera um "duplo padrão" adotado por Zanin em relação ao que ele defendia na época da Lava Jato e o que pratica agora no Supremo.


O duplo padrão de Zanin exposto


Segundo Deltan, o ministro Cristiano Zanin, que já foi advogado do presidente Lula e tem um histórico de embates contra a Lava Jato, agora assume posturas completamente diferentes no julgamento de Bolsonaro.


"Na Lava Jato, Zanin e a defesa de Lula batiam na tecla da imparcialidade dos juízes, diziam que qualquer sinal de suspeição deveria ser tratado como um escândalo", afirmou Deltan. "Agora, quando se trata do julgamento de Bolsonaro, ele simplesmente ignora os mesmos princípios que antes defendia com unhas e dentes."


O ex-procurador destacou que a Folha de S. Paulo expôs um problema grave relacionado à atuação de Zanin no julgamento do ex-presidente. De acordo com a reportagem citada por Deltan, o ministro teria um claro conflito de interesse ao julgar Bolsonaro, mas não se declarou impedido, o que levanta questionamentos sobre sua imparcialidade.


O constrangimento eterno de Zanin


Deltan foi além e afirmou que, se Zanin continuar com essa postura, ele poderá enfrentar um "constrangimento eterno" dentro do Supremo Tribunal Federal e perante a sociedade brasileira. Para ele, a única saída do ministro seria se afastar do julgamento de Bolsonaro, garantindo que seu passado como advogado de Lula não interfira em suas decisões na Suprema Corte.


"Se ele quiser manter um mínimo de coerência e evitar carregar essa mancha pelo resto da sua carreira no STF, só há uma alternativa: se declarar impedido", ressaltou Deltan. "Se não fizer isso, ficará para sempre marcado como alguém que usou dois pesos e duas medidas dependendo de quem estava no banco dos réus."


A fala do ex-deputado gerou forte repercussão entre apoiadores de Bolsonaro e críticos da atuação do STF. Muitos reforçaram que a imparcialidade do Supremo já vinha sendo questionada há tempos e que esse episódio apenas escancarou um problema sistêmico na Justiça brasileira.


Reações e desdobramentos


Após a publicação do vídeo de Deltan, diversas figuras políticas e especialistas em direito se manifestaram sobre a questão. Alguns concordaram com a análise do ex-procurador, apontando que Zanin deveria se declarar impedido para julgar Bolsonaro, enquanto outros defenderam que sua atuação no caso é legítima e que sua antiga ligação com Lula não interfere na sua capacidade de julgar de maneira técnica.


Além disso, a revelação da Folha de S. Paulo também levantou debates sobre a necessidade de reformas no STF, especialmente no que diz respeito à forma como os ministros são indicados e aos critérios de impedimento para julgamentos.


Deltan Dallagnol, por sua vez, prometeu continuar expondo essas contradições e cobrando coerência por parte do STF. Segundo ele, a sociedade brasileira não pode aceitar que regras sejam aplicadas de maneira diferente dependendo de quem está sendo julgado.


"O que está em jogo não é a figura de Bolsonaro ou de qualquer político em específico", afirmou Deltan. "O que está em jogo é a credibilidade da Justiça no Brasil. E se continuarmos vendo decisões arbitrárias e convenientes, o descrédito das instituições será inevitável."


O que esperar daqui para frente?


A polêmica envolvendo Zanin, Bolsonaro e o STF promete continuar repercutindo nos próximos dias. Se Zanin decidir seguir com o julgamento, as críticas sobre sua imparcialidade poderão crescer ainda mais. Caso ele opte por se afastar, isso poderia ser visto como uma admissão implícita de que sua presença no caso era, de fato, questionável.


De qualquer forma, a fala de Deltan Dallagnol reacendeu o debate sobre os critérios de imparcialidade e imparidade no STF e reforçou as preocupações de parte da sociedade sobre o funcionamento da Suprema Corte.

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