URGENTE: Nova denúncia de comportamento inadequado dentro do Governo Lula

Gustavo Mendex


 O governo do presidente Lula enfrenta mais uma crise interna com a recente denúncia de assédio moral e sexual na Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais, um setor vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais dentro do Ministério da Justiça. A revelação trouxe à tona um ambiente de trabalho descrito como tóxico, no qual diversos funcionários relatam perseguições, humilhações e um clima de medo.

As acusações envolvem diretamente a diretora da Dicap, Mayesse Silva Parizi, e a coordenadora de gabinete, Suzana Inês de Almeida e Silva. Segundo relatos divulgados pela Agência Pública, pelo menos 15 funcionários afirmaram ter sofrido retaliações, além de demissões consideradas injustificadas. O padrão de comportamento descrito nas denúncias inclui exigências abusivas, desvalorização do trabalho dos subordinados e um ambiente de tensão que resultou em diversos casos de ansiedade e esgotamento profissional. Desde 2023, aproximadamente 30 profissionais foram desligados ou pediram transferência devido às condições adversas.

Essa não é a primeira vez que denúncias desse tipo atingem o governo. Em setembro de 2024, um caso semelhante levou à exoneração do então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após acusações de assédio sexual que envolviam inclusive a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. No Ministério das Mulheres, sob o comando de Cida Gonçalves, ao menos 17 servidores relataram um ambiente de trabalho opressivo, marcado por insegurança e conflitos internos.

Diante da gravidade das denúncias na Dicap, o Ministério da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski, afirmou que repudia qualquer forma de assédio e garantiu que os casos estão sendo investigados pela Controladoria-Geral da União. Em sua defesa, tanto Mayesse Silva Parizi quanto Suzana Inês de Almeida e Silva negam as acusações, alegando que suas gestões seguem estritamente as normas do serviço público.

O número de queixas desse tipo tem aumentado significativamente desde o início da gestão Lula. Dados da CGU indicam que, nos primeiros oito meses de 2023, foram registradas cerca de 4 mil denúncias de assédio moral e sexual no funcionalismo federal, um salto expressivo em comparação às 730 registradas no mesmo período de 2022, durante o governo Bolsonaro. O crescimento desses números tem gerado questionamentos sobre a postura do governo em relação ao combate a esse tipo de prática.

Especialistas avaliam que o ambiente de trabalho dentro do serviço público precisa de medidas urgentes para garantir maior segurança e transparência. A CGU, por sua vez, estabeleceu novas diretrizes para a prevenção de assédio e discriminação, mas os críticos argumentam que a falta de punições efetivas ainda permite a perpetuação desses comportamentos.

O impacto dessas acusações dentro do governo pode gerar novas pressões políticas. Parlamentares da oposição já se manifestaram, cobrando esclarecimentos do Ministério da Justiça e exigindo medidas rigorosas contra os responsáveis. O caso também reacende o debate sobre a necessidade de maior fiscalização e políticas mais eficazes para garantir um ambiente de trabalho saudável no serviço público.

Enquanto as investigações prosseguem, o clima dentro da Dicap permanece tenso. Servidores relatam incerteza quanto ao futuro e temem novas retaliações. A repercussão do caso pode influenciar diretamente a credibilidade do governo em áreas sensíveis como direitos humanos e combate ao assédio, temas que foram bandeiras importantes da campanha de Lula.

A sociedade acompanha com atenção os desdobramentos, enquanto especialistas ressaltam que casos como esse evidenciam a necessidade de mudanças estruturais na administração pública. O desfecho das investigações será crucial para determinar se o governo conseguirá lidar com as acusações de maneira eficaz ou se enfrentará um desgaste ainda maior diante da opinião pública.

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