Pastor denuncia suposta parcialidade do STF
O pastor Silas Malafaia voltou a criticar duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que há uma perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em suas redes sociais, Malafaia compartilhou um vídeo no qual expõe o que considera provas dessa perseguição, citando inclusive uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo.
De acordo com o líder religioso, a matéria da Globo revelou áudios de conversas entre militares, que supostamente isentariam Bolsonaro de qualquer envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Para Malafaia, a grande mídia age em conluio com o ministro do STF, que, segundo ele, tem como objetivo criminalizar o ex-presidente.
Reportagem da Globo reforça a inocência de Bolsonaro, diz pastor
Em seu vídeo, Malafaia destaca trechos da cobertura jornalística da GloboNews sobre o caso. Os comentaristas do canal analisam as conversas vazadas entre militares frustrados com a falta de adesão de Bolsonaro a um plano de intervenção. Segundo o pastor, isso demonstra que o ex-presidente não tinha qualquer intenção de violar a democracia.
“O Grupo Globo é a imprensa oficial de Alexandre de Moraes”, disparou Malafaia, sugerindo que a emissora está alinhada ao magistrado para tentar desestabilizar Bolsonaro e sua base de apoiadores.
Vídeo mostra Alexandre de Moraes supostamente coagindo Mauro Cid
Outro ponto crucial da denúncia feita pelo pastor é um vídeo no qual Alexandre de Moraes aparece questionando o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, durante sua delação premiada. Malafaia afirma que a postura do ministro configura coerção, o que, segundo ele, tornaria a delação inválida de acordo com a legislação brasileira.
“O ditador Alexandre de Moraes ameaçando Cid e sua família! Isso é um absurdo!”, declarou o pastor, lembrando que a Lei 12.580/2013 determina que juízes não podem interferir diretamente nas negociações de delação premiada.
Revolta com STF e Senado
A indignação de Malafaia não parou por aí. Ele questionou até quando o Supremo Tribunal Federal sustentará as ações de Moraes e criticou o Senado por não agir diante do que considera abusos do magistrado.
“Até quando o STF vai sustentar essa patifaria e safadeza de Alexandre de Moraes? Até quando o Senado vai continuar omisso nisso?”, desabafou.
O pastor tem sido uma das vozes mais ativas na defesa de Bolsonaro e na oposição ao governo Lula, frequentemente criticando decisões do STF e levantando suspeitas sobre ações da esquerda.
Convocação para manifestação em Copacabana
Ao final do vídeo, Silas Malafaia fez um chamado para um ato político que ocorrerá no Rio de Janeiro. A manifestação está marcada para o dia 16 de março, às 10h da manhã, na Praia de Copacabana, e tem como objetivo protestar contra o que ele considera perseguição política contra Bolsonaro e a direita brasileira.
“Eu vou botar pra quebrar nessa manifestação! Vou denunciar os crimes e toda essa safadeza de Alexandre de Moraes!”, afirmou Malafaia.
O evento deve reunir apoiadores do ex-presidente e figuras influentes da direita, sendo mais um capítulo na crescente tensão entre Bolsonaro e o Judiciário.
Repercussão e expectativas
A convocação de Malafaia pode levar milhares de pessoas às ruas, em um momento em que Bolsonaro enfrenta múltiplos desafios jurídicos e políticos. O ex-presidente, que já teve seu passaporte apreendido e está sendo investigado em diferentes frentes, tem afirmado que não teme ser preso, mas que considera as acusações contra ele infundadas.
A oposição, por sua vez, vê essas manifestações como tentativas de inflamar a base bolsonarista e desestabilizar as instituições. O STF e o governo federal ainda não comentaram as novas críticas feitas por Malafaia.
A manifestação de 16 de março promete ser um termômetro importante para medir a força da oposição e o apoio popular a Bolsonaro diante dos desdobramentos políticos e jurídicos que ele enfrenta.