Jornalista exilado comemora: “Vencemos Alexandre de Moraes” (veja o vídeo)

Caio Tomahawk


A suspensão do julgamento sobre a extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio pela Justiça espanhola gerou comemoração entre seus apoiadores e sua defesa. O caso ganhou repercussão após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, solicitar sua extradição para o Brasil, onde ele enfrenta dois mandados de prisão preventiva. No entanto, com a decisão da Espanha de adiar a análise do pedido, os advogados de Eustáquio alegam que a prisão preventiva perdeu sua justificativa legal.

Eustáquio, que pediu asilo político na Espanha, se manifestou nas redes sociais celebrando a decisão e declarando que esta seria uma vitória contra Moraes. Segundo sua defesa, o artigo 312 do Código de Processo Penal brasileiro determina que a prisão preventiva só pode ser decretada em casos específicos, como crimes contra a ordem pública ou econômica, risco de fuga ou obstrução da Justiça. Os advogados argumentam que nenhuma dessas condições se aplica ao jornalista, que tem residência fixa no país europeu e coopera com as autoridades locais.

O julgamento estava marcado para a última quinta-feira, mas foi suspenso sem uma nova data definida. Com isso, a defesa entende que o pedido de extradição perde força, já que não há um prazo para que a Justiça espanhola retome a análise do caso. Para os advogados, a suspensão reforça a tese de que não há razões para que Eustáquio seja preso e extraditado.

A situação de Eustáquio no Brasil tem sido marcada por polêmicas. Ele foi investigado no âmbito do inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos, conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal. O jornalista alega perseguição política e afirma que sua atuação profissional foi cerceada por decisões judiciais que, segundo ele, violam sua liberdade de expressão. Desde que deixou o Brasil e solicitou asilo na Espanha, Eustáquio tem denunciado o que considera abusos do Judiciário brasileiro e buscado apoio internacional para sua causa.

A decisão da Justiça espanhola em suspender o julgamento pode indicar uma reavaliação do caso ou até mesmo uma tendência a negar o pedido de extradição. No entanto, ainda não há um parecer definitivo sobre o futuro do jornalista. Enquanto isso, sua defesa segue argumentando que ele não representa risco à sociedade e que sua permanência na Espanha deve ser garantida.

O caso também levanta questionamentos sobre o alcance das decisões do Supremo Tribunal Federal no exterior. O pedido de extradição de Eustáquio é um dos vários casos envolvendo brasileiros que buscaram refúgio fora do país após investigações conduzidas pelo STF. A suspensão do julgamento pode ser um indicativo de que tribunais estrangeiros estão analisando com mais cautela os pedidos da Justiça brasileira, especialmente em casos que envolvem alegações de perseguição política.

A repercussão do caso nas redes sociais tem sido intensa, com apoiadores do jornalista comemorando a suspensão como uma derrota para Moraes. Muitos enxergam a decisão espanhola como um sinal de que a comunidade internacional está atenta ao que ocorre no Brasil e que há resistência a pedidos de extradição motivados por questões políticas.

Por outro lado, críticos apontam que Eustáquio deve responder às acusações no Brasil e que sua permanência no exterior pode ser vista como uma tentativa de fugir da Justiça. Para esses setores, a suspensão do julgamento não significa uma absolvição, e o caso ainda pode ter desdobramentos.

A próxima etapa do processo dependerá da decisão da Justiça espanhola, que pode retomar o julgamento a qualquer momento ou até mesmo arquivar o pedido de extradição. Enquanto isso, Eustáquio segue em território espanhol, aguardando os próximos passos da Justiça e reforçando seu discurso de vitória contra o ministro Alexandre de Moraes.

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