Trump inicia novo mandato com o "pé na porta" e faz 100 decretos de uma só vez

Gustavo Mendex


 Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), marcando o início de um novo mandato com uma postura firme e ações imediatas. Em uma cerimônia histórica realizada no interior do Capitólio, algo que não acontecia desde 1985, o evento reuniu líderes globais, empresários do Vale do Silício e milhares de apoiadores. Durante a posse, Trump não perdeu tempo em mostrar a que veio: assinou 100 ordens executivas de uma só vez, buscando desfazer uma série de políticas implementadas durante o governo de Joe Biden.


O cenário era grandioso e carregado de simbolismo. A última vez que um presidente americano tomou posse dentro do Capitólio foi Ronald Reagan, em seu segundo mandato, há exatamente 40 anos. A escolha do local, segundo analistas, foi uma estratégia calculada para reforçar a imagem de força e tradição que Trump deseja transmitir. Além disso, o discurso de posse foi marcado por promessas ousadas e uma retórica combativa, destacando o desejo de colocar “os interesses dos Estados Unidos acima de qualquer outra coisa”.

Entre as 100 ordens executivas assinadas, estão mudanças significativas em áreas estratégicas como imigração, economia, segurança nacional e meio ambiente. Uma das primeiras medidas anunciadas foi a restauração da política de tolerância zero na fronteira com o México, revertendo iniciativas de Biden que flexibilizaram o controle imigratório. Trump também prometeu acelerar a construção do muro na fronteira sul, retomando um dos maiores projetos de sua gestão anterior.

No campo econômico, o novo presidente reafirmou sua intenção de reduzir impostos para empresas, incentivando o crescimento industrial e a criação de empregos. “Vamos colocar a América para trabalhar novamente”, disse Trump em tom enfático. Ele também assinou decretos para reverter regulações ambientais que, segundo ele, estavam “sufocando” o setor energético e a produção agrícola. As mudanças incluem a flexibilização de normas de emissão de carbono e a abertura de novas áreas para exploração de petróleo e gás.

A segurança nacional também recebeu atenção especial. Trump anunciou uma série de medidas destinadas a fortalecer o combate ao terrorismo, tanto no território americano quanto no exterior. Entre elas, está a revisão de acordos de cooperação internacional e o aumento do orçamento para defesa. Ele também prometeu uma postura mais firme em relação à China, chamando o país de “uma ameaça direta à prosperidade e à segurança dos Estados Unidos”.

O impacto das medidas foi imediato. O mercado financeiro reagiu com entusiasmo, registrando uma alta significativa em setores como energia e tecnologia. Por outro lado, críticos apontaram que algumas decisões podem aumentar as tensões diplomáticas e criar desafios sociais internos. Organizações de direitos humanos já demonstraram preocupação com o endurecimento das políticas migratórias e as possíveis consequências das mudanças ambientais.

Para os apoiadores de Trump, o retorno do ex-presidente representa uma nova era de determinação e coragem política. “Ele não tem medo de tomar decisões difíceis”, declarou um dos participantes da cerimônia. Já os opositores temem que sua postura agressiva aprofunde as divisões internas no país, agravando os conflitos entre diferentes grupos sociais e políticos.

A cerimônia de posse foi amplamente transmitida pelas redes sociais, reforçando a estratégia de comunicação direta que sempre caracterizou a liderança de Trump. Plataformas como Telegram e Gettr, populares entre seus apoiadores, foram inundadas com mensagens de celebração e apoio. Durante o evento, Trump ressaltou a importância de unir a nação, mas deixou claro que seu foco principal será atender aos interesses dos americanos que se sentem “abandonados” pelas elites políticas e econômicas.

A decisão de assinar 100 ordens executivas no primeiro dia de mandato foi vista como uma demonstração de força, sinalizando que Trump não pretende perder tempo para implementar sua agenda. Ao final do dia, o presidente se dirigiu aos jornalistas e declarou: “Acabou a brincadeira. Estamos aqui para fazer o que precisa ser feito”. A frase, que rapidamente viralizou, reflete o tom combativo que deve marcar seu novo governo.

O início deste mandato de Donald Trump promete ser tão intenso e polarizador quanto sua primeira passagem pela Casa Branca. À medida que as mudanças começam a ser implementadas, o mundo estará atento aos desdobramentos das decisões que já começaram a redefinir o rumo dos Estados Unidos. Enquanto isso, a população americana aguarda para ver se a promessa de “fazer a América grande novamente” será cumprida de forma eficaz e sustentável.
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