A ex-vereadora Janaína Lima (PP-SP) utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (2) para rebater a repercussão em torno da retirada de itens como pia e vaso sanitário do gabinete que ocupou até o término de seu mandato em 2024 na Câmara Municipal de São Paulo. O caso ganhou destaque após reportagens, especialmente da Folha de S.Paulo, que trataram o episódio de forma irônica, gerando debates nas redes sociais e entre adversários políticos.
Em um vídeo publicado em suas redes, Janaína detalhou que os itens retirados pelos seus assessores não faziam parte do patrimônio público da Câmara Municipal. Ela argumentou que todo ocupante de gabinete recebe uma lista detalhada dos bens sob sua responsabilidade e afirmou que os itens em questão não constavam nessa relação.
“Quando você assume um gabinete, há um inventário que descreve todo o patrimônio público sob sua gestão. Nenhum dos itens mencionados, como pia ou vaso sanitário, faz parte dessa relação”, explicou. Ela criticou a abordagem da mídia e classificou o tratamento dado ao caso como tendencioso e desrespeitoso, com destaque à Folha de S.Paulo, que segundo ela, adotou um tom de deboche ao relatar o caso.
“Essa história da privada é absurda e lamentável. Nem eu nem meus assessores temos necessidade de levar uma privada. Essa abordagem não passa de uma tentativa de desviar o foco das questões importantes”, afirmou, visivelmente indignada.
Janaína também aproveitou a oportunidade para reforçar sua conduta durante o mandato, frisando que sempre zelou pela transparência e responsabilidade no uso de recursos públicos. Ela destacou que nunca solicitou reembolsos de despesas como aluguel de veículos, frequentemente utilizado por outros parlamentares.
“Sempre tratei o dinheiro público com o máximo de respeito. Meu mandato foi pautado pela ética, e não vou permitir que episódios como este manchem minha trajetória política”, declarou.
A ex-vereadora esclareceu que a decisão de retirar os itens hidráulicos do gabinete foi baseada em uma orientação jurídica, motivada pela natureza sensível da infraestrutura hidráulica do prédio da Câmara. Ela explicou que o espaço havia passado por reformas durante seu mandato e funcionava como um coworking, abrigando diferentes atividades e iniciativas. Segundo Janaína, os equipamentos retirados haviam sido instalados para atender a essas necessidades específicas e não pertenciam à Câmara.
“Tomamos essa decisão com base em parecer jurídico. Era necessário considerar a estrutura sensível do prédio e os investimentos feitos ao longo dos últimos anos para adaptar o gabinete às demandas do mandato”, justificou.
Além de se defender, Janaína atribuiu a repercussão do caso a uma tentativa de descredibilizá-la politicamente. Para ela, o episódio demonstra um esforço de opositores e setores da mídia em atacar sua reputação.
“Essas histórias absurdas são uma tentativa de enfraquecer minha imagem. Meu compromisso com a ética permanece inabalável, e não vou permitir que essas narrativas ganhem força”, reafirmou.
A ex-vereadora concluiu sua fala agradecendo o apoio que tem recebido de seus eleitores e reforçou seu desejo de continuar contribuindo com a política e com a sociedade, ainda que fora de um cargo público. Para Janaína, episódios como este são indicativos de que a política brasileira ainda enfrenta grandes desafios, como a falta de seriedade em abordar questões importantes.
O caso, que inicialmente gerou críticas e piadas, também levantou debates sobre a transparência na gestão pública e o tratamento dado pela mídia a políticos que deixam seus cargos. Nas redes sociais, a repercussão dividiu opiniões: enquanto alguns criticaram a atitude da ex-vereadora, outros apontaram um excesso de atenção midiática para o episódio, considerando-o irrelevante diante dos desafios enfrentados pela cidade de São Paulo.
Janaína Lima, conhecida por sua postura combativa e por ter adotado um estilo de trabalho diferenciado durante seu mandato, reafirmou que continuará defendendo seus ideais e trabalhando por causas que considera fundamentais. O episódio pode ter sido mais um capítulo polêmico em sua carreira, mas também serviu para destacar questões como o uso responsável do dinheiro público e a necessidade de um debate mais equilibrado na política e na imprensa.