PT começa a criar horror por eventual posse de Geraldo Alckmin

Gustavo Mendex
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 O Jornal da Cidade Online trouxe à tona uma inquietante análise política sobre a atual situação do Partido dos Trabalhadores (PT) diante da possibilidade de Geraldo Alckmin assumir a Presidência da República. A informação foi revelada pelo jornalista Cláudio Humberto, conhecido por sua longa trajetória no jornalismo político. Em sua coluna, ele destacou o temor crescente que circula nos bastidores do PT, desencadeado pela recente cirurgia cerebral de Luiz Inácio Lula da Silva e a consequente fragilidade do presidente.


De acordo com Cláudio Humberto, o cenário dentro do partido é de tensão. Apesar de os petistas tolerarem Alckmin como vice-presidente, a confiança no político tucano é praticamente inexistente. Essa desconfiança remonta ao histórico político de Alckmin, que assumiu o cargo de governador de São Paulo após a morte de Mário Covas, em 2001, quando era vice. Agora, o fantasma de um novo protagonismo de Alckmin assombra as lideranças petistas, que se mostram relutantes em aceitar sua ascensão à Presidência.


O agravamento da saúde de Lula colocou em evidência o receio do PT de que Geraldo Alckmin exerça o papel constitucional que lhe cabe. Segundo a análise, mesmo com Lula incapacitado de tomar decisões devido à internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o partido tem tomado medidas para impedir que o vice-presidente assuma o comando. Ontem, foi noticiado que, com o aval da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, "ministros da casa" teriam disseminado a ideia de que Lula não se afastaria do cargo, ainda que sua condição de saúde o impossibilite de governar efetivamente.


A postura de Alckmin, entretanto, tem sido de paciência. O jornalista destacou que o vice não fez qualquer reclamação pública, adotando uma postura cautelosa que reflete sua experiência política. Essa atitude tem sido interpretada como uma estratégia calculada de quem sabe esperar pelo momento certo para agir. Por enquanto, ele tem sido relegado a compromissos considerados secundários, como o encontro recente com o primeiro-ministro eslovaco no Rio de Janeiro.


Enquanto isso, Janja vem assumindo uma posição cada vez mais central no cenário político. Desde a crise gaúcha, em setembro de 2023, quando representou Lula em visitas a áreas afetadas por tragédias, até a abertura das Olimpíadas de Paris, sua atuação tem sido vista como um esforço para preencher o vazio deixado pelo presidente. Agora, com Lula hospitalizado, Janja continua se destacando em eventos de grande apelo midiático, reforçando seu papel como figura pública representativa do governo.


A situação também tem gerado repercussões curiosas nas redes sociais. O nome de Geraldo Alckmin virou alvo de memes e montagens que satirizam sua suposta inatividade política e o contraste com o protagonismo de Janja. Uma das imagens mais compartilhadas foi a de Alckmin “atleta”, posando para fotos enquanto faz alongamentos ou veste a faixa presidencial de forma descontraída. Essas brincadeiras refletem o desconforto público com a indefinição política no Palácio do Planalto.


Nos bastidores, o cenário parece indicar uma disputa velada pelo controle do governo. A resistência do PT em permitir que Alckmin exerça suas funções plenas como vice-presidente demonstra o esforço do partido em manter a hegemonia política diante de um possível afastamento de Lula. A proximidade de Janja com o presidente e sua atuação nos últimos meses reforçam o papel de guardiã do legado petista, ao mesmo tempo em que Geraldo Alckmin mantém-se na espera.


Esse panorama escancara as fragilidades e as tensões internas de um governo que precisa lidar com a complexidade de uma crise de saúde em sua liderança máxima. A cirurgia cerebral de Lula não apenas abalou a estrutura governamental, mas também trouxe à tona a vulnerabilidade política do PT ao expor sua incapacidade de lidar com a perspectiva de uma transição de poder.


Embora o futuro seja incerto, uma coisa é clara: a situação atual abre espaço para discussões sobre a legitimidade e a funcionalidade do sistema político brasileiro diante de cenários de emergência. A postura de Geraldo Alckmin, de paciência estratégica, e a atuação de Janja como representante de Lula são peças-chave nesse jogo político, cujo desfecho ainda permanece nebuloso. Nos próximos dias, a evolução da saúde do presidente e a condução das decisões de governo definirão os rumos dessa narrativa que envolve poder, desconfiança e interesses partidários.
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June 15, 2025