E surge mais uma pesquisa devastadora para o governo Lula

Gustavo Mendex


 Uma nova pesquisa da Genial Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) revelou dados alarmantes para o governo Lula. Segundo o levantamento, 90% do mercado financeiro avaliam negativamente a atual administração federal, representando um aumento significativo em relação à pesquisa anterior, divulgada em março deste ano, quando 64% manifestaram uma opinião desfavorável. Essa mudança evidencia uma crescente insatisfação com o governo em um curto período de tempo.


Apenas 7% dos entrevistados consideram a administração federal regular, enquanto uma minoria de 3% ainda avalia o governo de forma positiva. Esses números ilustram o desafio enfrentado pelo governo Lula para reverter a percepção negativa no mercado financeiro, que desempenha um papel crucial na estabilidade econômica do país.


Embora o governo como um todo enfrente críticas contundentes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresenta uma avaliação um pouco mais equilibrada, mas com tendência de deterioração. De acordo com a pesquisa, 24% do mercado financeiro avaliam o desempenho de Haddad como negativo, enquanto 35% consideram sua atuação regular e 41% como positiva. No entanto, esses números refletem uma queda considerável em relação a julho de 2023, quando Haddad alcançou um índice de aprovação de 65%. A redução expressiva no apoio ao ministro demonstra que sua gestão vem perdendo a confiança de importantes setores do mercado.


Um ponto que merece destaque na pesquisa é a avaliação da condução da política econômica pelo governo. Segundo o levantamento, 96% do mercado financeiro consideram as ações governamentais equivocadas. Este dado reforça a percepção de que as estratégias adotadas pelo Planalto têm gerado um impacto negativo, elevando o ceticismo sobre os rumos da economia nacional.


Quando questionados sobre as perspectivas para os próximos 12 meses, 88% dos entrevistados preveem uma piora no cenário econômico, enquanto 10% acreditam que a situação permanecerá inalterada. Apenas 2% demonstram otimismo, apostando em uma melhora. Esse panorama ressalta o descrédito generalizado em relação à capacidade do governo de promover avanços econômicos significativos no curto prazo.


Os resultados são devastadores, especialmente quando comparados ao início do governo, que chegou a ser recebido com alguma expectativa moderada. Atualmente, os índices indicam uma crise de confiança que vai além das críticas à política econômica, refletindo um cenário de insatisfação generalizada no mercado financeiro. Essa deterioração na percepção é um indicativo claro de que o governo enfrenta desafios cada vez maiores para reconquistar a credibilidade e impulsionar a economia do país.


Apesar do clima de pessimismo, Haddad ainda consegue manter um nível de apoio maior do que o restante do governo, o que pode ser interpretado como uma oportunidade para liderar mudanças que revertam o quadro atual. Contudo, com o índice de aprovação em queda livre, o desafio será imenso, e dependerá de ações concretas e consistentes que tragam resultados palpáveis.


Os dados reforçam que a confiança do mercado financeiro é um elemento fundamental para o sucesso das políticas públicas e que a falta dela pode trazer consequências severas para a economia, especialmente em momentos de incerteza global. Enquanto o governo não demonstrar capacidade de reverter essa percepção, as perspectivas de crescimento e desenvolvimento do país permanecem comprometidas.
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