A esquerda é doente: Para agradar Janja, petistas escondem fotos e evitam citar Marisa Letícia

Gustavo Mendex


 O cenário político brasileiro, especialmente dentro do PT, tem sido marcado por acontecimentos que, à medida que são revelados, geram questionamentos sobre a verdadeira dinâmica que ocorre nos bastidores do poder. Em uma narrativa que poderia ser facilmente confundida com uma peça de ficção, a história de Janja, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está sendo exposta de maneira que surpreende até os mais céticos. Em um episódio do podcast original do UOL Prime, mais detalhes sobre a postura e os posicionamentos de Janja foram revelados, e, com isso, surgem novas polêmicas que mexem com o imaginário público.


Entre os relatos mais curiosos e até perturbadores, destaca-se a atitude de certos membros do PT que, aparentemente, se sentiram obrigados a evitar menções a Marisa Letícia, a falecida esposa de Lula, com o intuito de não "aborrecer" Janja. Marisa Letícia morreu em 2017, após sofrer um AVC, e, até hoje, sua figura permanece um símbolo de sua trajetória política e pessoal ao lado de Lula. Porém, o que se segue é uma tentativa de apagamento da memória de Marisa, que, segundo o relato, foi um movimento deliberado dentro do Partido dos Trabalhadores. O caso mais emblemático aconteceu no Diretório do PT em Brasília, onde há um estúdio nomeado em homenagem a Marisa Letícia. Quando Janja visitou o local para participar de uma gravação, a funcionária responsável retirou a placa com o nome da ex-primeira-dama e escondeu as fotos que estavam expostas na sala. A situação, claramente, levantou uma série de questões sobre o limite do respeito e da lealdade dentro de um ambiente tão estratégico e simbólico como o Diretório do PT.


A decisão de ocultar a memória de Marisa Letícia é, no mínimo, desconcertante, especialmente considerando a história que Lula e Marisa construíram juntos ao longo de anos. A morte de Marisa, uma mulher que foi muito mais do que esposa do ex-presidente, deixou uma lacuna não apenas em sua vida pessoal, mas também em seu legado político. Portanto, ao tentar silenciar sua presença de forma tão direta, é possível que Janja, ou aqueles ao seu redor, estejam manifestando um tipo de insegurança ou até mesmo uma tentativa de se estabelecer no poder de forma autoritária e sem sombras.


O episódio do podcast também revela outros aspectos da atuação de Janja que provocaram críticas públicas. Um dos momentos mais polêmicos foi sua atuação durante as enchentes no Rio Grande do Sul, onde, ao invés de ser vista como uma figura que trouxe soluções, Janja foi alvo de reprovação popular, principalmente por um episódio envolvendo o resgate de um cavalo chamado Caramelo. A imagem da primeira-dama, aparentemente mais preocupada com o animal, não caiu bem entre os brasileiros, que, em um momento de crise e tragédia, esperavam ações mais contundentes e práticas para ajudar as vítimas das enchentes. Essa postura contrastou fortemente com o que se espera de uma figura pública de tamanha visibilidade, cujas ações devem ser voltadas para o bem-estar coletivo e não para a promoção de uma imagem pessoal ou sentimental.


No entanto, a história não para por aí. O podcast também revela a tentativa frustrada de Janja de assumir um cargo na OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), responsável pela Educação, Ciência e Cultura. A tentativa de ascensão de Janja a um cargo de relevância internacional levantou uma série de questionamentos sobre a verdadeira motivação por trás desse desejo. Seria o cargo uma oportunidade para expandir a atuação política da primeira-dama ou, talvez, um reflexo de uma busca por poder e reconhecimento em um momento em que a imagem pública de Janja, por razões diversas, começa a se desgastar? O fracasso nessa tentativa pode ser visto como um indicativo de que nem todos os caminhos da política são tão claros e fluidos quanto se pensa.


Essa série de revelações sobre Janja e suas atitudes dentro e fora do cenário político parece desmascarar uma realidade muito distante da imagem idealizada de uma primeira-dama engajada e preocupada com as questões sociais. Ao invés disso, surge uma figura marcada por atitudes contraditórias e, em alguns momentos, completamente desprovidas de empatia e sensatez. O comportamento de Janja e a forma como ela se posiciona no cenário político brasileiro sugerem que seu apego ao poder pode ser mais do que uma questão de lealdade ao marido, mas sim uma tentativa desesperada de consolidar um espaço próprio, ainda que à custa da memória e do respeito pelas figuras que a precederam.


Diante de tudo isso, o que fica claro é que a política brasileira está cada vez mais envolta em disputas internas que transcendem os limites da razão e da ética. A deturpação dos fatos e o apagamento de figuras importantes como Marisa Letícia deixam um gosto amargo naqueles que ainda acreditam na política como um campo de construção de um futuro mais justo e igualitário. E a dúvida que paira no ar é: será que o foco está realmente no bem-estar do povo ou, como muitos suspeitam, no poder e na perpetuação de um sistema que, para alguns, já está beirando o desequilíbrio mental?
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